quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Carta

20 de novembro
Bom dia!
Entretanto, não é um dia bom, pois 1 ano se passou, e ainda lembro de tudo que se ocorreu naquela noite. Porém, sei que você também não esqueceu.
Aqui é primavera, e não vejo flores pelas cidades, como se o mundo inteiro se lamentasse por essa fina dorzinha que nem mais sinto. Só é estranho ficar sem você em dias como este, em que até voar é possivel.
Um odor exala o ambiente, como se hoje ainda fosse aquela última terça-feira em que estivemos juntos na cidade. Você lembra? Eu ainda queria ficar...
Oh, Deus! Por que nos separamos justamente na primavera? Por que ainda estamos juntos? Sim, sei que você é um tipo de amor que tive que conhecer, mas por que me abandonaste? Não te culpo, sei que foi uma ordem do destino.

Há muito tempo queriamos ter uma certeza de algo, entender o que fomos um do outro em outras vidas, mas nem essa que ganhanhos conseguimos definir essa relação. Resta-nos agora viver nessa distância que por sorte, permite a proximação.
Fique tranquilo. Com confiança, e talvez um pouco de teimosia, um dia ainda sentaremos em uma mesa, pediremos uma pizza, e vamos rir dessa saudade que sentimos. Fique tranquilo, não nos esqueceremos. Nem nessa e nem nas outras vidas. Adeus... queira-me sempre. Como for, pra onde for, do jeito que for. Não dúvide desse coração que sente tanta falta. E tenhamos sempre fé, pois outras primaveras virão, não como essa, a primeira sem você, mas como antigamente, cheia de flores reproduzindo o nosso perfume.



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