quarta-feira, 11 de novembro de 2009

agora partiu.
e partiu comigo.
deixando um pedaço (inteiro)
dentro de mim.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ei, moço!

Cuida de mim?
Assim, me coloca no colo e deixa eu dormir
Sempre a sonhar

Quando for frio, seja o meu cobertor.
Quando for calor, que seja você sobre mim.

Ei, moço!

Não me abandona assim.
Não me deixa no relento,
Não deixe que eu pegue vento

Só cuide de mim.

Eu, que tanto precisei dos olhos teus para trilhar sobre os caminhos desconhecidos
Eu, que nem pretendia te encontrar
Eu, que nunca tive ninguém para amar
Vivia como uma Colombina a reclamar

Moço, quisera eu que você fosse feito Pierrot,
Mas não, é um Alecrim que vive a vagar

Moço,
Moço,
Moço,

Me escute, estou a gritar.
Desesperadamente, peço-lhe com melancolia que cuide de mim.
Moço, esqueça essa moça que nada tem para oferecer a ti.

Sim, tenho. Doces poemas nas noites em que pousarei nos teus braços.

domingo, 8 de novembro de 2009

Vinhos das noites solitárias

O que não compreendo nesses vinhos bons,
é que quando começamos a sentir o gosto amargo, primeiro trava.
Depois, quando o sabor penetra na sua alma, passa!
Talvez, quando terminar de virar a garrafa e me embreagar de saudades, entenderei o sabor desse vinho. Seco.
Ainda assim, suave.

Exércicios de longa viagem

continue nadando...
continue nadando...
continue nadando...

Toda vez que a maré se volta contra mim
Que a saudade machuca como as ondas que insistem em bater
E as lágrimas se confudem com a água salgada

Minha alma grita: continue nadando...