sexta-feira, 24 de abril de 2009

Nick & Eu

Nick foi o meu último cachorro. Cockier Spaniel, amarelinho, com um semblante atraente, e um jeitinho de cachorro gostoso. Olga, minha amiga do coração, me presenteou em uma das minhas visitas a sua casa. Quando cheguei em minha casa, minha mãe levou um susto quando disse que ficariamos com Nick, e que ele era o seu neto.

- Eu não sou vó de cachorro!
- Oxe!Eu sou mãe e você não pode ser avó? É sim, senhora!

Consegui convencer-la nos cuidados com o meu novo filhinho. Me ajudava no banho, por alimentação, e na cia enquanto estava trabalhando. Nick dormia ao meu lado, e num tapete em formato de coração, o meu meu amigo sonhava. Quando acordava, fazia questão de me despertar subindo na minha cama e se jogando sobre mim, stressada fazia a sua vontade e o levava para fazer suas necessidades matinais no quintal.
Nos momentos em que estava usando o computador, ele estava ali ao meu lado, ou correndo de um lado para o outro chamando a nossa atenção. Super carinhoso e com uma energia inesgotável.
No inicio, algumas amigas (Rafaela, Amanda e Ednai) questionava sobre o comportamento de Nick. Como ele era muito quieto, dizia q ele tinha tendências femininas. Mas com o passar dos dias, ele foi se familiarizando, ficando cada vez mais a vontade e enfim, mostrou para o que veio.
Era roupas que puxava do varal, e fazia minha mãe pegar todas para novamente lavar, com um instinto forte conseguiu rasgar um vestido novo, comer um salto nunca usado, morder meu avô quando queria pegar o osso que estava se deliciando, me fazia correr pelas ruas tentando resgata-lo de volta para casa e ainda acreditava que eu estava brincando com ele.
Uma vez, cheguei em casa depois de passar o dia inteiro no trabalho, e fui recepcionada com um abraço canino e um xixizão de emoção. É engraçado como um cachorro sente a sua falta, e como você se apega a esse serzinho tão aparentemente inovencivo. Minha mãe não aguentou a rotina com Nick, e num dia, deu o meu filhinho a um amigo e ele foi viver em um sitio onde tem bastante lugar para correr e enlouquecer os seus novos donos. Mas eternamente ele mora no meu coração, e sempre vou ama-lo. Já tive outros cachorros e amei todos intensamente, mas nenhum me deu tanto trabalho como o Nick, um pestinha super amoroso que me faz uma falta danada.


Após ler "Marley & Me" De John Grongan, e me emocionar com o Marley, que é tão parecido com o meu Nick, faço a minha homenagem ao meu melhor amigo, e ao meu pior cão do mundo. Fica aqui todo o meu carinho aos cachorros que precisam de um lar, e aos que são amados incodicionalmente pelos seus donos.