quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Saudosa

Naquele dia, na varanda
Naquele momento, o seu beijo
Naquele segundo, o amor.

E assim, devagar e de repente
Te amei como sempre sonhei amar

E agora, cadê você aqui?

Ser Sem Você

Quando você me deixou
Deixou também a poesia

E eu te juro, essa foi a minha escolha.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

[Nós]talgia II

Quando olho nossas fotos
Vejo a alegria, os risos, a sintonia
É triste lembrar da nossa felicidade passada.

Sinto saudades de mim quando estava com você

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

[Nós]talgia

Sinto o cheiro do passado
O gosto de outrora
E como um barco no mar, navego
Sonhando com o seu porto para naufragar essa saudade
Ancorar o nosso amor.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Primavera ao avesso

Ao seu lado em noite da chegada da Primavera
Será flores surgindo em nós?
Será uma nova estação na minha vida?

Depois de tanto frio
tanta saudade
ouvir você me chamar
"-Amor..."

Será que foi ilusão a sua voz?
Será que ainda há Primavera para nós?

Em noite de primavera vi você chegar
Senti você partir
Deixei você ir.

Flores em mim

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A natureza das coisas

Sendo rio
Sendo semente

Sendo caminho
E seguindo em frente

Deixar a vida fluir
com suas margens, suas pedras, suas nascentes.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Im[perecível]

Porque sonhos não morrem.
E é por isso que sinto que o nosso amor ainda vive.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Meu primeiro fio de cabelo branco

Hoje me olhei no espelho e me assustei. Vi o tempo passando no reflexo da minha imagem. Senti o poder que ele tem sobre o meu corpo e assim descobri sua força inefável. Com os olhos fixados em meu reflexo, avistei um fio de cabelo branco, mas como se ainda estou na dita flor da idade? O tempo me pareceu cruel, pois estava querendo com esse fio branco me vergar diante das idades. Num gesto ignorante pensei até em arrancá-lo, mas pensei: - Esse fio branco é conseqüência de vida, vida essa que vivi, vivo e quiçá ainda viverei muito.
Esse fio branco pode ter nascido da preocupação escolar, o fracasso nessa idade pode deixar traumas. Pode ser resultado do primeiro amor não correspondido ou da primeira desilusão. Acho que deve ser resultado da febre de alguma doença, curável, mas dolorosa. Pode ser causa de um sonho não realizado e que tive que acordar. Quem sabe pode ter sido por brigas banais e corriqueiras que a convivência provoca. Esse frio branco pode ter vindo do primeiro verso que não conseguir rimar, do primeiro acorde que não conseguir formar, do primeiro texto que parecia mais rascunho. Com certeza esse frio branco é resultado de vida, minha vida para ser exato. A vida que caminha lado a lado com o tempo e que de mãos dadas vão colocando marcas em meu corpo. A vida e o tempo dão rugas e cabelos brancos, mas também oferecem a sabedoria para admirá-los. Estou velho, coroa? Não! Eu estou vivo, cultivando ações que me dêem mais cabelos brancos e rugas talvez.
O tempo senhor de tudo continua passando e eu ainda em frente ao espelho olhando, mas sem susto o fio branco reluzente e insistente que brilha em minha cabeça. Posso agora dizer sem titubear: - esse fio branco é apenas o começo de uma cabeleira alva, se também o tempo não me levar os cabelos. O tempo é senhor de tudo, mas a vida vivida não tem preço. O fio branco vai continuar em minha cabeça, nada vai mudar e sem pressa vou ver a vida grisalhar meus cabelos. A vida segue o seu tempo e eu sou servo dos dois.

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/38435/1/-Meu-primeiro-fio-de-cabelo-branco/pagina1.html#ixzz0zoSGNTM1

Texto que revela o tempo que também passa em mim. Encontrei o meu primeiro fio de cabelo branco no dia 12 de setembro de 2010.

A camisa do meu bem

No estilo regata
Verde como o mar
A camisa que você deixou comigo
Com o seu perfume

Noventa dias, e só tenho a sua camisa
Aqui, longe dele, ainda sinto o aroma que me embêbeda
Na sua camisa

Mas que tola
Faço poeminha da sua camisa

Porque todas as suas coisas me enfeitiça?

Ah, só queria falar que eu quero você.
Sem camisa.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Em mim

Quis me esconder de ti
Me tranquei em mim
Me refugiei dentro de mim
Me escondi dentro de mim

E só via você
Via você
Só existia você

Em mim

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O sertão que vi



Não é mentira quando eles falam na TV sobre a seca do sertão.
Sobre a sede, o suor, a enxada, o boi magro, a mulher magra de lenço na cabeça
A omissão é esconder a sua poesia.

sinta a poesia

Sinta a realidade em partes.
E saiba que lá também tem estradas, estrelas, alegria

Lá também se faz saudade.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Amor para sempre

Olhando para o passado
Sentindo toda a dor do presente
Não consigo me arrepender de nada
E mesmo se pudesse voltar atrás
Pudesse escolher outro caminho
Ainda assim escolheria ficar com ele

Escolheria sentir essa dor que sinto todos os dias
A dor de sentir a saudade mais torturante: a de ver e não poder toca-lo
Escolheria ficar como estou agora: só

Sei que é melhor que nunca ter passado aqueles dias de inverno na companhia dele.
Sendo aquecida pelos braços
Sendo acarinhada
Me sentindo amada

E mesmo sabendo que já tivemos um fim
Sinto que é eterno - como a nossa promessa do “amor para sempre”.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010


As cores, as formas, o silêncio... tudo belo e indiferente ao cinza que me pinta.
A natureza é poesia! Precisamos refugiar-se nos seus versos e sentir a paz que brota em suas rimas...



Foto e texto: Carlla Melo

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Flores em nós

Primeiro o encontro sem previsão
Depois, enlouqueço com essa nossa nova bosssa
Para criar o poema procuro a palavra certa, correta e de luz

Como compreender a magia?

Teu olhar me mastiga
Tua voz me engole
Teu aroma me facina

A primavera chegou com antecedência.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sobre a partida

Estou aqui
Arrumo tuas malas

Vejo você partir

Estou aqui
Te chamo

Não vê?!

Estou aqui
Vejo o que desejo

Não sinto mais

Estou aqui
Sem chorar

Ainda lembro o dia que você se foi

Mas se você se foi
Porque ainda te vejo?

São tantas dúvidas
Ah, se pudesse perguntar

Ah, se eu pudesse perguntar:
Porquê você chegou?
Porquê você pediu amor?
Porquê disse que me amava?
Porquê me abandonou?
Porquê com a distância vejo brilho nos teus olhos ao olhar o meu?

Não, não responda, por favor.
Deixe-me com esse silêncio
Juro que doi menos que qualquer palavra sua

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Passarinho

Cadê aquela saudade misturada com tristeza que morava em mim?
Essa ausência me corroe da mesma maneira que senti quando você partiu. E me deixou.
E a sua falta, a falta da tristeza e da saudade
Me leva a liberdade desmedida
Ganhando o céu.