sexta-feira, 7 de março de 2008

Ficar não é novidade - Final

Será mesmo que ficar não é uma novidade? Será que a geração de seus pais também não ficavam? Lógico que sim! Só que eles chamavam essa ação de outra forma:dar uns amassos, curtir são termos que giram em torno de um comportamento parecido.
Mas o ficar de hoje é o mesmo ficar de vinte ou trinta anos atrás? Não, até porque os hábitos e costumes mudaram.
Os jovens de hoje ficam, mas a maioria prefere assumir um compromisso serio, e Quem já namorou prefere ficar. Um assunto complicado, mas acredito que ficar é uma fase, e como todo fase um dia vai chegar ao fim.

'Lembra-te que és pó e ao pó voltarás', dizia a inscrição na entrada dos antigos cemitérios. Os homens de hoje estão levando as palavras do evangelho a sério. Quando o ficar ameaça virar romance, eles se pulverizam. Ou seja: os ficantes nunca ficam

Os adolescentes de hoje têm maior autonomia para sair à caça. Ficar passou ser um termo de garantia de diversão na balada. Eles chegam a beijar 3, 4, 5 numa unica noite, alguns fazem competição e esse número triplica.
Dessa forma, torna-se rara ou quase nula o romantismo entre esse grupo. Perguntei a alguns dos entrevistados se isso era uma escolha, e a surpresa: 90% assumiram que o destino é o culpado. Frustações, decepções, sofrimento são alguns dos fatores para tornar alguém mais frio e cauteloso. O medo de ser traido e a falta de confiança, envolve grande parte dos jovens, e quando um dos desses dois temores acontecem o fim de um relacionamento é certo.

Em média esse tipo de relação dura de 3 a 6 meses, o desinterresse é quase que instantâneo. Geralmente acontece ao acordar e se sentir presso a uma única pessoa. Os jovens não estão maduros emocionalmente, eles pecorrem um longo caminho do aprendizado emocional, e a partir daí começar a lidar de forma mais prática com emoções, desejos, limites, concessões, tolerância e outras ferramentas tão importantes no relacionamento humano. 'Quando um homem está a fim de uma mulher, não existem obstáculos. E, quando ele perde o interesse, qualquer coisa serve de pretexto -até mesmo os ETs...'.

Uma pergunta clássica – “Afinal, o que querem os jovens?” _ são as palavras de alguém impaciente. Talvez com razão. Digamos que, de fato, somos todos complexos. Mas pelo menos agora já sabemos o que queremos: é tudo ao mesmo tempo agora. E, se for preciso, vamos pedalar até o fim do mundo na tentativa de sermos (e fazermos os outros) felizes. Alguém duvida?

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